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A Besta do século - I
A Besta do século - I

 

 

Em primeiro lugar, devemos entender para qual situação foi prometida a vinda da tal Besta e em que momento ela viria, isso podemos encontrar nos próprios livros Bíblicos, (Mateus 24:34) onde Jesus Cristo profetiza que tudo ocorreria naquela geração, se tudo ocorreria naquela geração a tal Besta também deveria vir naquela geração, hoje eu provarei a todos que essa tal Besta veio no (século - I).

No livro de Apocalipse é bem claro que o dragão daria sua força e poder a Besta (fera).

E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? (Apocalipse 13:4)

Podemos observar que o dragão (Diabo) deu o seu poder a Besta (fera), mas como ele deu esse poder? o dragão só poderia dar esse poder para a Besta em espírito; mas que espírito? Logicamente através do (espírito do anticristo).

O mesmo autor do Apocalipse escreve em sua primeira carta que o anticristo não é um homem e sim um espírito maligno, ainda mais, ele declara que: (naquele momento o espírito do anticristo já estava em no mundo). Mas que momento é esse? A resposta é simples: (Século - I).

Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. (1 João 2:18)

E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. (1 João 4:3).

João afirma nesses textos que o anticristo era um espírito maligno e que naquele momento já estava no mundo, o mesmo acontece com Paulo em sua carta aos Tessalonicenses, ele deixa bem claro que o mistério da iniqüidade naquele momento já estava em ação apenas esperando o que lhe detinha, Paulo escreve essa carta uns (15) anos antes da destruição de Jerusalém e uns (10) anos antes da perseguição Cristã por parte do Imperador CEZAR NERO.

E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.
Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; (II Tessalonicenses 2:6-7)

Podemos afirmar que o anticristo era um espírito maligno e que esse espírito maligno agiu na Besta (fera) segundo ordens de satanás naquele momento em que João escreveu o Apocalipse, naquela geração como Jesus profetizou. Só falta agora saber quem era essa Besta, vamos observar as suas características e provar que se tratava do Império Romano desde Otávio Augusto até Domiciano, mas você poderá até me perguntar, o porquê só é contado o Império Romano desde Otávio Augusto até Domiciano e não os outros Imperadores posteriores? A resposta é Simples; porque João narra a história de Jerusalém desde o domínio Romano por volta de (63 A.C) até a sua destruição com o Imperador Tito Flavius e o fim daquela dinastia com o irmão de Tito Flavius, o último imperador da dinastia Flavius chamado Domiciano. João começa a narrar os fatos com a tomada de Otávio Augusto volta de (31 A.C), ele fora o primeiro imperador de Roma. Quando Otávio toma o pode em Roma, auto se proclama Augusto que significa "Divindade Sagrada".

 

E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o (templo) de Deus, e o altar, e os que nele adoram. E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a (cidade santa) por quarenta por quarenta e dois meses. (Apocalipse 11:1-2)


Vamos ver exatamente as características dessa Besta:

E vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. (Apocalipse 13:1).

Observem duas características interessantes sobre a Besata (fera):

A primeira característica dessa Besta é que ela se levantava do mar, mas que mar era esse? Simples a resposta; se tratava do (mar mediterrâneo), era pelo mar que o Império Romano entrava na cidade de Jerusalém (Babilônia).

E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas. (Apocalipse 17:15)

Esse verso explica claramente que Jerusalém tinha como costa marítima o Mar Mediterrâneo, diz também que esse Mar era a porta de entrada para todas as nações, povos e línguas entrarem na cidade de Jerusalém, ou seja, Jerusalém era a mulher prostituta da Babilônia, tinha como porta de entrada em sua costa marítima (Mar Mediterrâneo) e existia uma Besta que se levantava desse Mar para entrar na cidade de Jerusalém.

 

Observem isso no mapa:

Observando o mapa de Jerusalém e tendo como regras que o Mar Mediterrâneo era a porta de entrada para os povos pagãos, temos que descobrir quem era essa Besta que se levantava do Mar para cidade de Jerusalém, algumas correntes teológicas protestantes erroneamente tentam alegar que a Besta do Apocalipse seria o Papado e a Babilônia seria a Igreja Católica, no entanto, isso jamais poderia ocorrer sendo que a Besta odiava a Prostituta da Babilônia como está escrito no próprio do Apocalipse:

E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo. (Apocalipse 17:16).

Sabemos que a Babilônia é a cidade de Jerusalém, no qual tinha o Grande Mar (Daniel 7:2) como sua costa marítima, seu Rei jamais a odiaria, sendo assim, a Besta que a odiaria e a destruiria teria que vir desse Mar (Mar Mediterrâneo). Para entender isso, devemos voltar a um tempo antes de Jesus Cristo, por volta (264 a 146 a.C), Nesse período o Império Romano precisando expandir o seu Império pela Ásia, necessitava obter as rotas comerciais, marítimas e militares pelo Mar Mediterrâneo, até então essas rotas comerciais era de dominância da tão conhecida cidade de Cartago. Cartago foi uma cidade de colona Fenícia, dentro da Historia da Antiguidade, os Fenícios foi um dos primeiros povos a ter um poder marítimo, sendo assim, eles dominaram todas as rotas comerciais do Mar Mediterrâneo fundando assim a cidade de Cartago, no qual fora a cidade que entrou em guerra contra Roma pelo poder das rotas comerciais do daquela região, existiu (3) grandes guerras entre Cartago e Roma, porém as (3) guerras foram vencidas pelo Império Romano. Assim Roma toma o poder sobre o Mar Mediterrâneo e se torna a Besta que se levanta do Mar, através dessa conquista Roma entra em Jerusalém por volta de (63 A.C). Besta se levantou do Mar contra Jerusalém, onde a partir do ano (6 D.C) a Judéia se torna província Romana já no reinado do Imperador Otavio Augusto, assim se inicia os 10 poderes da Besta do Apocalipse, ou seja, se inicia os relatos de João. O mais importante é que Otavio Cezar Augusto foi o primeiro Imperador de Roma, já que antes dele Roma era governado pelo ditador Julio Cezar (Seu Tio), Otavio Cezar Augusto se torna o primeiro Imperador Supremo e recebe o titulo de Augusto (deuses); de Otavio Cezar Augusto até Titos Flavios que destruiu o Templo de Jerusalém, foram exatamente (10) imperadores onde apenas (7) receberam o seu reinado, pois (3) Imperadores foram derrubados em menos de um ano na guerra civil que se estendeu em Roma entre os Reinados de CEZAR NERO e Vespasiano.

 

A segunda característica é que ela possuía (10 chifres e 7 cabeças) , interessante isso, parece coisa de outro mundo, mas João estava apenas se referindo aos (10) Imperadores Romanos desde de Otávio proclamado Augusto a Tito Flavius, sendo assim, desses (10) Imperadores apenas (7) obtiveram os seus reinados, ou seja, dos (10) chifres (simbolizam poder)(7) foram cabeças (simboliza autoridade) do Império Romano. Em Apocalipse (17) diz que desses (7) reis (5) já haviam caído e um estava em atuação, outro (7º) que viria duraria pouco tempo para vir um (8º) REI que era um dos (7) anteriores, assim esse (8º) REI iria para perdição.

Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. (Apocalipse 17:9-11)

 

Parece difícil de interpretar isso, mas com um pouco de entendimento histórico podemos observar que João escrevia isso no momento em que (VESPASIANO) era Imperador de Roma, sendo assim, ele ordenar que seu filho Tito Flavius (aquele sétimo Rei que viria depois e duraria pouco tempo) destruísse o Templo e a cidade de Jerusalém, mas vamos entender isso dentro da história.

 

1º - João diz: Existiam (10) reis, mas só (7) obtiveram reinados, entre a dinastia JULIUS e a dinastia FLAVIUS existiram (3) Imperadores (GALBA, OTON E VITÉLIO), tais Imperadores não obtiveram autoridade em Roma porque não tiveram um ano de reinado, sendo assim, os (3) imperadores não foram cabeças do Império Romano, na verdade eles perderam seu poder em uma guerra civil dentro de Roma que durou um ano (Entre os reinados de Nero e Vespasiano)

2º - João diz: (5) reis já tinham caído, (ele se referia ao fim da dinastia JULIUS) que foi de Otávio Augusto e terminou no reinado de CEZAR NERO.

3º - João diz: Um rei ainda estava em ação, (ele se referia ao inicio da dinastia FLAVIUS) com o Imperador VESPASIANO, no qual teria derrubado os 3 Imperadores que não receberam os seus reinados, GALBA, OTON E VITÉLIO.

4º - João cita: Um rei que deveria vir, mas que ao receber o seu reinado (duraria pouco tempo), ele se referia a TITO Flavius filho de VESPASIANO e que foi comandante na destruição do Templo, esse Imperador chamado TITO FLAVIUS durou apenas (2) anos em seu reinado, das (7) cabeças ele foi o que durou menos.

5º - João diz: Quando cair o (7º) rei viria o (8º) que era um dos (7) anteriores, mas caminhava para perdição, porque era a Besta que já não existia; ele se referia a (Domiciano), esse imperador era conhecido como um novo CEZAR NERO no qual também proclamou uma perseguição aos Cristãos, sendo assim, os Cristãos julgavam ele como sendo um novo Nero, mas João diz que ele (caminhava para perdição), isso porque ele seria o fim da dinastia FLAVIUS e o fim da Besta do Apocalipse após a destruição do Templo, Domiciano foi assassinado sem deixar herdeiros.

_________________________________________________________

1º - DINASTIA: DINASTIA DOS JULIUS E CLAUDIOS

(1º) Otávio Augusto (31 a.C – 14 d.C) – (caiu)
(2º) Tibério (14 – 37) – (caiu)
(3º) Calígula (37 – 41) – (caiu)
(4º) Cláudio (41 – 54) – (caiu)
(5º) Nero (54 – 68) – (caiu) o 666

Transição entre dinastia JULIUS e dinastia FLAVIUS

- Galba (68 – 69) – (não obteve reinado)
- Oto (69) – (não obteve reinado)
- Vitélio (69) – (não obteve reinado)

2ª - DINASTIA DOS FLÁVIUS E ANTONINUS

(6º) Vespasiano (69 – 79) – (rei que estava no poder)
(7º) Tito (79 – 81) - (O rei que duraria pouco tempo)
(8º) Domiciano (81 – 96) – (A besta que seria um dos 7 Reis)_________________________________________________________

Estão ai os (10) chifres e as (7) cabeças, o (8º) REI e a chamada BESTA DO APOCALIPSE.

Ainda têm algumas particularidades sobre essa Besta (fera):

João diz:

"vi uma Besta que dava seu poder a outra Besta e que essa primeira Besta teria sido curada de morte".

E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. (Apocalipse 13:3)
E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. (Apocalipse 13:11-12)


Bem, essa Besta (fera) se tratava de (Caio Calígula), o terceiro rei, por um tempo ele ficou enfermo e do nada ele se curou quando todos davam como certa a sua morte, fatos narrados por Flavio josefo e Euzébio de Cesaréia; a outra Besta (fera) no qual João se referia se tratava de (Herodes Agrippa - I), ele recebeu total poder de Caio Calígula para perseguir os Santos Apóstolos, foi assim que Tiago irmão de João fora martirizado.

(História Eclesiástica de Euzébio de Cesaréia IV Livro II)
"1 - Morreu pois Tibério depois de reinar por cerca de vinte e dois anos. Depois dele tomou o poder Caio, que em seguida pôs sobre Agripa a coroa do comando sobre os judeus"

Porque Chifres semelhantes aos de um cordeiro?

"E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez uma prática. E o povo exclamava: "É a vóz de deus, e não de homem" .( Atos 12:21-22 ).

Veja que o Próprio Herodes Agripa - I, era tratado pelos Judeus como um Deus. E o Próprio Herodes, com o total poder que recebeu de Caio Caligula, fez guerra aos santos, e ele foi o responsável pela morte de Tiago o irmão de João:

A vóz de dragão:

"E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; E matou à espada Tiago, irmão de João". ( Atos 12:1-2 ).

Veja que tamanha crueldade de Herodes Agripa - I

Outra particularidade sobre a Besta é quando João cita que a imagem da Besta era adorada.

"No mês seguinte esse felicíssimo imperador caiu gravemente enfermo, porque tendo deixado sua maneira sóbria de viver A doença, porém, começou a diminuir e a notícia espalhou-se imediatamente, levando a alegria até os extremos da terra Quando souberam que o imperador tinha recobrado completamente a saúde, parecia-lhes ter com ele recobrado a própria e a sua primeira felicidade. Não se tem recordação de alegria mais geral; parecia que se tivesse passado num momento, de uma vida selvagem e rústica a uma vida doce e sociavel, dos desertos para as cidades e da desordem para a ordem, pela felicidade de se estar sob o governo de um chefe tão benévolo e legítimo.” (Flavio Josefo História dos Hebreus Livro único capitulo II)

Assim Caio Calígula se proclama semi-deus e ordena que coloque a sua imagem em todos os templos.

"3. Um dos embaixadores alexandrinos era Ápion, que havia caluniado muito os judeus dizendo, entre outras coisas, que viam com maus olhos o honrar a César, pois enquanto todos os que estavam submetidos à soberania de Roma construíam altares e templos a Caio e em tudo o mais o equiparavam aos deuses, somente os judeus achavam indigno honrá-lo com estátuas e jurar por seu nome.” (História Eclesiástica de Euzébio de Cesaréia livro II capítulo V)

"2. Extraordinariamente caprichoso era o caráter de Caio para com todos, mas muito especialmente contra a raça judia, à qual tinha um ódio implacável. Nas cidades, começando por Alexandria, apoderou-se das sinagogas e encheu-as de imagens e estátuas com sua própria figura (pois ele que permitia a outros erguê-las, também as erigia por seu próprio poder), e na Cidade Santa o templo, que até então saíra intacto por ser considerado digno de toda inviolabilidade, foi por ele transformado em seu próprio templo, chamando-o: Templo de Caio, Novo Zeus Epifano.” (História Eclesiástica de Euzébio de Cesaréia livro II capítulo VI)

Para satisfazer as suas alucinações, Caio Calígula (Primeira Besta), da o poder a Herodes Agripa I (Segunda Besta), Agripa faz guerra aos Santos, e Caio Calígula usa de sua influencia com Agripa para colocar a sua imagem dentro do Templo de Jerusalém, assim se cumpre a profecia de que: A segunda Besta fazia com que a primeira Besta fosse adorada através de sua imagem. (Apocalipse 13:12)

“Caio, cognominado Calígula, sucedeu a Tibério e pôs Agripa em liberdade, deu-lhe ainda a tetrarquia de Filipe, que havia falecido, e o fez rei” (Flavio Josefo História dos Hebreus capítulo XVI, livro II A Guerra dos Judeus , parágrafo 163)

E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. (Apocalipse 13:14-15)


O Numero da Besta 666

Outra grande questão é quando João cita o nome da Besta dando o numero de (666), ele usou o nome hebraico de "CEZAR NERON", pois ele queria identificar a Besta com um nome de crueldade contra os Cristãos e todos nós sabemos que NERO foi o Imperador mais cruel e em seu reinado ele proclamou um massacre aos Apóstolos e Discípulos, assim que Paulo e Pedro foram martirizados.

Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. (Apocalipse 13:17-18)

Importante ainda observar que o designando pelo número (666) , João queria insinuar a fragilidade e caducidade de tal perseguidor, ou perseguidores em geral da Igreja, pois no simbolismo antigo dos números, (6) é símbolo de precariedade, visto que equivale a (7) símbolo da perfeição menos 1.

No grego e no hebraico, os valores das letras seguiam a ordem do alfabeto. As primeiras nove letras representavam os valores de 1-9. A décima até a décima-nona letra representavam as dezenas (20,30,40,50, etc.). O resto das letras representavam valores de centenas (100,200, 300, etc.). Devido a esse uso duplo do alfabeto, era comum formar enigmas numéricos contendo nomes. Os gregos chamavam de “isopsephia”. Os judeus chamavam de “gimatriya”. Os eruditos modernos chamam esse fenômeno de “criptograma”. Portanto, os primeiros leitores do Apocalipse já estariam familiarizados com essa prática.

 

Dec.

Heb.

Dec.

Heb.

Dec.

Heb.

Dec.

Heb.

1

א

7

ז

40

מ

100

ק

2

ב

8

ח

50

נ

200

ר

3

ג

9

ט

60

ס

300

ש

4

ד

10

י

70

ע

400

ת

5

ה

20

כ

80

פ

 

 

6

ו

30

ל

90

צ

 

 

 

Em hebraico o nome Nero César era קסר נרונ – pronunciado como Neron Kaiser. Nero era quem estava no poder quando o Apocalipse foi escrito – a quinta cabeça da besta. E quando calculamos o número de seu nome, chegamos ao valor exato de seiscentos e sessenta e seis:

 

Nron Qsr
A versão grega do nome e título translitera em hebraico como נרון קסר, e produz um valor numérico de 666:

Resh

 (ר)

Samekh

(ס)

Qoph

(ק)

Nun

(נ)

Vav

 (ו)

Resh

(ר)

Nun

(נ)

Total

200

60

100

50

6

200

50

666

 

 

O Numero da Besta 616

 

Manuscritos outra revelação como Papiro 115 e Ephraemi Codex Rescriptus (C; Paris, um dos quatro grandes códices unciais) lê o número da besta em (13:18) como 616. P115 (P. Oxy. 4499), localizado na Universidade de Oxford Ashmolean Museum, data de cerca de 300 dC. O manuscrito é um dos mais antigos fragmentos da Revelação contém capítulos 2-15. Ele concorda com tanto Códices Alexandrino e Rescriptus Ephraemi, dois dos melhores testemunhos conhecidos ao Apocalipse. No entanto, apenas Codex Ephraemi concorda com o número 616, que é discutido para ser a leitura original do texto grego, escritos como: ἑξακόσιοι δέκα ἕξ, hexakosioi deka hex (lit. "616"). Embora Irineu (século 2 dC) afirmou que o número seja 666 e relataram vários erros dos escribas do número, ele sabia sobre a leitura 616, mas não adotá-lo (Haer. v.30, 3).

 

Nero Qsr

A versão latina do nome e título translitera em hebraico como נרו קסר, produzindo 616:

 

Resh

(ר)

Samekh

(ס)

Qoph

(ק)

Vav

(ו)

Resh

(ר)

Nun

(נ)

Total

200

60

100

6

200

50

616

 

 

 A Marca da Besta

 

Selo Imperial

A marca A. Gk., Charagma, χάραγμα, em Apocalipse 13:16 havia sido atribuído ao selo imperial do Império Romano que foi usado em documentos oficiais, durante o primeiro e segundo séculos. No reinado do imperador Décio (249-251 dC), aqueles que não possuem o certificado de sacrifício (libelo) para César não poderia prosseguir comércios, uma proibição que possivelmente vai voltar para Nero. A importância deste selo imperial tinha sido paralelo ao versículo 17

 

Moeda

Em 66, quando Nero era imperador, sobre o tempo de alguns estudiosos dizem que o Apocalipse foi escrito, os judeus se rebelaram contra Roma e cunhou seu próprio dinheiro. A palavra grega traduzida como marca (da besta), χάραγμα, significa também dinheiro carimbado, moeda ou a impressão sobre a moeda, portanto, "ninguém compra ou vende sem o dinheiro da besta." Estudioso do Novo Testamento Craig C. Hill sugere que a marca simbolizava o poder abrangente econômica de Roma, cuja própria cunhagem trazia a imagem do imperador e transmitiu suas alegações de divindade (por exemplo, incluindo os raios do sol no retrato do governante). [40 cristãos] Zealot do século primeiro se recusou a transportar, olhar, ou moedas de fabricação tendo qualquer tipo de imagem idólatra. Assim, tornou-se cada vez mais difícil para os cristãos a funcionar em um mundo em que a vida pública, incluindo a vida econômica das guildas comerciais, a participação necessária na idolatria. Adela Yarbro Collins ainda indica que a recusa de usar moedas romanas resultou na condição em que "ninguém possa comprar ou vender" (Apoc.13: 17). Uma opinião semelhante é oferecido por Craig R. Koester, "Como as vendas foram feitas, as pessoas usavam moedas que traziam as imagens de deuses de Roma e imperadores. Assim, cada transação que usou essas moedas foi um lembrete de que as pessoas estavam avançando-se economicamente por confiar em político poderes que não reconhecem o verdadeiro Deus ".

 Outra particularidade é quando João cita que um anjo derruba uma taça sobre o trono da Besta; Isso ocorreu quando o mesmo CEZAR NERO colocou fogo em ROMA e após ter total rejeição colocou a culpa nos Cristãos que lá viviam:


E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. (Apocalipse 16:10)

As consequências desse fato e da taça jogada no trono da Besta foi a conspiração contra NERO, o seu assassinato tempos depois e uma grande guerra civil dentro Roma com a duração de um ano. Fatos narrados por Flavio Josefo:

“Não era somente a Judéia que experimentava os males que causa uma guerra civil; a mesma Itália também os sentia ao mesmo tempo. Galba fora morto no centro de Roma, e Otom, declarado seu sucessor; mas as legiões da Alemanha escolhem Vitélio para a mesma honra e este disputa o império. Seus exércitos travam um combate perto de Bebriaque, na Gália Cisalpina. No primeiro dia o de Otom levou vantagem, mas no dia seguinte o de Vitélio, comandado por Valente e por Cesina, saiu vitorioso e destruiu um grande numero de inimigos. Otom ficou tão assustado que se matou em Bruxelas, depois de ter reinado somente três meses e dois dias. Os que tinham seguido seu partido entregaram-se a Vitélio, que já tomava o caminho de Roma, com seu exército.” (Flavio Josefo História dos Hebreus capítulo XXXIII, livro IV A Guerra dos Judeus, parágrafo 350)

A última particularidade é sobre o oitavo REI, João diz que ele era um dos (7) anteriores, subia do abismo e caminhava para perdição.

E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. (Apocaipse 17:11)

Lógico que isso é uma metáfora, pois um Cristão de verdade não acredita em reencarnação e muito menos que alguém possa voltar do inferno, sendo assim, o autor do Apocalipse ser referia a uma lenda que ser criou depois da morte de Cézar Nero, alguns acreditavam que Cézar Nero voltaria para governar Roma com toda a sua crueldade; quando os Cristãos viram (Domiciano) entrando no poder com a mesma crueldade de Cézar Nero, eles começaram a acreditar que a tal lenda tinha se cumprindo, por isso João cita no Apocalipse que o oitavo REI era um dos (7) , pois circulava entre as comunidades Cristãs da épocas que Dominicano era o próprio Cézar Nero. Euzébio de Cesaréia diz isso em seu livro.

“Domiciano deu provas de uma grande crueldade para com muitos, dando morte sem julgamento razoável a não pequeno número de patrícios e de homens ilustres, e castigando com o desterro fora das fronteiras e confisco de bens a outras inúmeras personalidades sem causa alguma. Terminou por constituir a si mesmo sucessor de Nero na animosidade e guerra contra Deus. Efetivamente ele foi o segundo a promover a perseguição contra nós, apesar de que seu pai Vespasiano nada de mal planejou contra nós.” (História Eclesiástica de Euzébio de Cesaréia parágrafo I, capítulo XVII, livro III)

Não podemos nos esquecer que João diz que o oitavo REI caminhava para perdição, mas por que ele diz isso? Simples; Domiciano era o último membro da Dinastia Falvius, seu pai Vespasiano e seu Irmão Tito Flavius não se encontravam mais entre os vivos, sendo assim, Domiciano era o único que mantinha a dinastia viva, mas ele morreu assassinado por uma conspiração de sua própria esposa, seu único filho não sobreviveu; assim ele levou toda a dinastia Flavius para perdição e era o fim da Besta do Apocalipse, em seu lugar o senado de Roma colocou Nerva como imperador, Nerva que não fazia parte da família Flavius.

“Depois de Domiciano imperar quinze anos e de sucedê-lo Nerva no governo, o senado romano decidiu por votação que se anulassem as honras de Domiciano e que regressassem a suas casas os que haviam sido expulsos injustamente, e que ao mesmo tempo recuperassem seus bens. Isto é referido pelos que transmitiram por escrito os acontecimentos daquele tempo” (História Eclesiástica de Euzébio de Cesaréia parágrafo VIII, capítulo XX, livro III) _____________________________________________________________________________

(Arethas de Cesaréia século VIII):
"Porque havia muitos, sim, uma incontável multidão de entre os judeus, que acreditavam em Cristo: como eles mesmo disse a Paulo em sua chegada a Jerusalém: Tu vês, irmão, quantos milhares de judeus abraçaram a fé. (Atos 21. 20.) E aquele que deu esta revelação para o evangelista, declara que estes homens não devem partilhar a destruição infligida pelos romanos. Porque a ruína trazida pelos romanos ainda não tinha caído sobre os judeus, quando este Evangelista recebeu estas profecias:. e ele não receba em Jerusalém, mas em Iconia perto de Éfeso porque depois do sofrimento do Senhor, ele permaneceu apenas 14 anos em Jerusalém, durante os quais recebeu a mãe do Senhor, que concebeu esta descendência divina, foi preservada nesta vida temporal, após o sofrimento e ressurreição de seu Filho incorruptível. Porque ele continuou com ela sendo como sua mãe comprometida pelo Senhor. Porque depois da sua morte é relatado que ele não escolheu para permanecer na Judéia, mas passou a Éfeso, onde, como já dissemos, este Apocalipse presente também foi composto, que é uma revelação das coisas futuras, na medida em que 40 anos depois da ascensão do Senhor esta tribulação veio sobre os judeus. "

Em verdade vos declaro: não passará esta geração antes que tudo isto aconteça” (Mateus 24:34)

"Desde então Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz REI é contra César"."( João 19:12 ).




- Referencias bibliográficas:
- História Eclesiástica de Euzébio de Cesaréia século IV.
- História dos Hebreus de Flavio Josefo século I.
- Arethas de Cesaréia século VIII